NO TRANSPORTE
Entenda a razão do crescimento das mulheres em cargos de liderança
Editorial aponta os caminhos do sexo feminino no transporte de cargas. Elas já ocupam 17% dos cargos de liderança no segmento
22/12/2021 11h37 Atualizada há 3 anos
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Há alguns anos, enquanto eu atravessava a chamada Rota dos Grãos – entre o Centro-Oeste e a Amazônia, em reportagem para a nossa revista Caminhões – encontrei uma caminhoneira bravia e destemida. Dona Dilma, em meio ao atoleiro da BR-163,  mostrou-se uma leoa estradeira, batalhando nas estradas do Brasil para alimentar os filhos. Sabia que ali, nos confins do mundo, entre o cerrado e a floresta, estava perante uma heroína que representava milhares e milhões de brasileiras que lutam por um lugar ao sol.

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Temos a honra de apresentar nesta edição outras grandes heroínas: Vanessa Pilz, diretora comercial da Reiter Log; Ana Jarrouge, presidente executiva do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo; Mere Deime, motoristas da Raça Transportes; Andriara Fontes da Silva, caminhoneira que administra um grupo no WhatsApp voltado para a força feminina na boleia; Alejandra Vago, que assumiu a gestão de pessoas no Grupo Volvo; e Claudete Colombo, a matriarca da Apolo Transportes, que, com suas filhas Ana Cláudia e Ana Silva, comanda uma história de mais de meio século no transporte rodoviário.

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Sabem o que essas mulheres têm em comum? Não apenas cargos e ocupações ligados ao segmento de cargas, mas também a paixão pelo que fazem. São algumas das provas, dentre tantas presentes no país, de que elas são parte integrante do crescimento econômico do Brasil. Do comando da transportadora às linhas de produção; no volante do bruto ou na direção de associações, as mulheres se fazem presentes e impulsionam o país ao crescimento.

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E nada mais justo do que fechar este ano tão difícil (e também tão esperançoso, já que a pandemia está decrescendo, graças a Deus!) do que lançarmos na última edição da Caminhões de 2021 uma reportagem tão inspiradora. São muitas os motivos e razões que tornam as mulheres profissionais que guiarão o transporte rodoviário de cargas para um padrão de Primeiro Mundo. Creio piamente nisso.

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Ainda que apenas 17% dos cargos estejam ocupados por elas, em nosso segmento, ainda assim vejo essa proporção como uma amostra do quanto a força feminina crescerá. Não há espaço para divisões nem preconceitos. Vivemos em uma mundo moderno, que cobra capacidade, dedicação e correção do ser humano – indiferente de sexo e questões afins. A verdade é que, muito bem-vindas, as mulheres distribuem alegria, força e eficiência pelas estradas do nosso imenso Brasil.