Em bate-papo online com a imprensa especializada nesta quinta (9), Roberto Cortes, presidente e CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus, elencou uma série de razões que aponta para um 2022 de soerguimento para a economia brasileira. Respondendo à pergunta da revista Caminhões, perante as projeções para o ano que vem, ele ponderou que a pandemia será o divisor de águas.
“O que sei é que 2022 será um ano desafiador, por tudo o que vivi em quatro décadas no segmento. De um modo geral continuaremos crescendo, mas há pontos positivos e negativos a serem analisados”, explica o executivo. Por exemplo, a atual crise de fornecimento dos semicondutores tem impactado a fabricação de veículos no mundo todo. Calcula-se que a indústria automotiva global perderá de 7 a 9 milhões de veículos produzidos em 2021, retornando a níveis de 2020.
Ainda sem fechar os números da montadora em 2021, mas sabedor do crescimento de suas vendas neste ano pandêmico, Roberto Cortes reitera que os investimentos seguirão: dois bilhões de reais até 2025. Inclusive a VW já embarcou o caminhão elétrico e-Delivery para uma série de testes no exterior, com foco no mercado asiático – fazendo o caminho inverso, quando o tradicional é o Brasil receber produtos de lá e não o contrário.
“Em janeiro mesmo teremos nas ruas do Brasil o novo Delivery Express, dotado de motorização FTP. O futuro está garantido em nosso portfólio, trabalhando qualidade e preço justo em um ano que exigirá atenção redobrada”, alerta.
O presidente da Volks listou onze razões para a crença em um 2022 de crescimento. São elas: 1) Arrefecimento da pandemia, ou o fim do ciclo pandêmico; 2) Retomada do crescimento econômico; 3) ampliação do agronegócio; 4) Alta na construção civil e mineração; 5) Boom nas exportações por conta da elevação da taxa cambial; 6) Investimentos em infraestrutura (rodoviária e logística no geral); 7) Ampliação dos programas sociais do governo; 8) Programa Caminho da Escola (ônibus escolares); 9) Novas modalidades de comercialização de veículos comerciais; 10) Ano chave para renovação cíclica da frota de caminhões; 11) E, por fim, o advento do Euro 6 para 2023, o que culminará na maior procura pelos últimos caminhões Euro 5 saindo das linhas de produção.
Se essas são as boas projeções, há também algumas poucas razões para uma visão negativa para o próximo ano, segundo Roberto Cortes: “há um temor pela alta dos juros como forma de conter a inflação; assim como pela contínua falta de insumos automotivos, o que frearia o soerguimento; o fato de ser um ano político, de eleições presidenciais; e os riscos de extensão da pandemia global”. Mas os pontos positivos são bem maiores, segundo o executivo, que reforça a crença total da montadora no país.
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