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CRESCENDO

Projeções para vendas de caminhões sobem para 43%, avalia Fenabrave

As novas projeções para caminhões melhoraram, apontando, agora, aumento de 43,1%, contra 30,5% estimados em julho, e 21,7% em janeiro

05/10/2021 07h14
Por: Romulo Felippe

 

Embora no acumulado de janeiro a setembro de 2021 os emplacamentos de veículos gerais continuem acima de 20% sobre o mesmo período de 2020, em setembro/2021 apenas o segmento de motocicletas apresentou alta em relação a agosto.  “A falta de veículos novos, em função da escassez de componentes na indústria, é um fenômeno global, que atinge outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. Vivemos, hoje, possivelmente, o ponto mais crítico dessa crise de abastecimento de veículos, mas acredito que, nos primeiros meses de 2022, teremos uma clareza maior sobre a resolução do problema”, explica Alarico Assumpção Júnior, Presidente da Fenabrave.

 

Bastante aquecido, o segmento de caminhões continua trabalhando de acordo com o fluxo de entrega por parte das montadoras. “Como acontece já há algum tempo nas vendas de caminhões, parte dos emplacamentos de setembro é composta de pedidos realizados em meses anteriores”, destaca Assumpção Júnior, que afirma que a procura por esse tipo de veículo permanece com boa demanda, na maioria de seus subsegmentos (pesado, semipesado, médio, leve e semileve). As novas projeções para caminhões melhoraram, apontando, agora, aumento de 43,1%, contra 30,5% estimados em julho, e 21,7% em janeiro.

 

Apesar da retração em relação a agosto, o segmento de implementos rodoviários mantém ritmo de recuperação muito próximo ao de caminhões (que lidera a alta de todo o setor automotivo no ano). “São dois segmentos relacionados e que, por isso, podem apresentar comportamento muito parecido. Este deve ser um dos melhores anos da história para os implementos rodoviários”, diz o Presidente da FENABRAVE.

 

Os implementos rodoviários deverão crescer 40,6% em 2021, conforme as novas projeções divulgadas pela FENABRAVE, percentual um pouco menor que os 41,1% previstos em julho e maior que os 22,5% estimados em janeiro.

 

Em setembro/2021, o setor, como um todo, registrou retração de 4,43%, na comparação com o mês anterior. Em relação a setembro de 2020, a queda foi de 14,37%. O total de veículos emplacados no mês foi de 281.054 unidades, o que coloca o mês de setembro/2021 na 15ª. colocação do ranking histórico, entre todos os meses de setembro, desde 1957.

 

Neste cenário, a FENABRAVE também anunciou a revisão das projeções para o ano. Na análise, divulgada em julho, havia expectativa de crescimento de 13,6% sobre 2020. Agora, a projeção aponta alta de 11,1% para todo o setor. “Estamos diante de muitas incertezas e da maior crise de abastecimento de veículos já vivida, nos últimos anos. Isso nos fez reduzir as expectativas de crescimento para o ano, infelizmente”, alerta Alarico Assumpção Júnior.

 

Apesar de serem os segmentos mais afetados pela falta de insumos, houve aumento na comercialização de comerciais leves, em relação a 2020 (+40,08%). “Com a falta de automóveis, muitos consumidores migraram para os comerciais leves, onde há uma maior disponibilidade de produtos na indústria”, analisa. Para estes segmentos, as Projeções foram revistas para um crescimento de 3,1%, contra 10,7% previstas em julho. Em janeiro, as expectativas apontavam para um aumento de 15,8%.

 

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