O último dos caminhões ‘bicudos’ produzidos no Brasil saiu em junho da linha de produção da Mercedes-Benz na fábrica de São Bernardo do Campo, São Paulo. Trata-se do extrapesado Atron 1635. Com isso, a montadora alemã conclui uma longa trajetória de sucesso dos caminhões “bicudos” no Brasil, modelos que ajudaram a construir e consolidar a presença da marca nas estradas do país.
Para continuar atendendo com a mesma qualidade e confiabilidade tanto os autônomos, como os frotistas, a MB anuncia que o sucessor do 1635 é o extrapesado Axor, com os cavalos mecânicos Axor 2036 4x2 e 2536 6x2. Além disso, a marca acaba de lançar também novas versões desses mesmos modelos, que promete assegurar ainda mais robustez para aplicações típicas do Atron.
Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, com os modelos Axor a marca oferece mais força e capacidade de carga aos transportadores, mantendo, ao mesmo tempo, atributos amplamente reconhecidos do Atron, como robustez e resistência.
“O Atron concluiu sua missão com êxito. Ele é o último representante de uma geração de caminhões com cabina semiavançada lançada há 31 anos e que deu um salto de qualidade, modernidade e eficiência no mercado brasileiro. Entre eles, eu destaco os extrapesados LS 1935 e LS 1941, antecessores do Axor, e os médios e semipesados de 12, 14, 16 e 23 ton de PBT, substituídos depois pelo Atron e, hoje, pela linha Atego”, informa.
“Como antecipamos na Fenatran do ano passado, a produção do Atron seria encerrada este ano, dentro de um processo natural de evolução tecnológica de nossa linha de caminhões. O Axor irá manter aquilo que os clientes já conhecem e aprovaram no Atron 1635, agregando ainda mais valor em qualidade, desempenho, economia, conforto e tecnologia. Temos certeza que os clientes logo perceberão esses ganhos, como aconteceu com o Atego em lugar de outros Atron desde 2016”, destaca Leoncini.
A linha de caminhões com cabina semiavançada, que seria denominada “Atron” a partir de 2012, começou a ser comercializada no Brasil em 1989, com os médios L 1214 e L 1218 e os semipesados L 1414, L 1418 e L 1618. Um ano depois, vieram os extrapesados LS 1935 e LS 1941 e vários outros modelos.
O extrapesado Atron 1635 foi lançado em fevereiro de 2012. Até o mês de maio de 2020, foram emplacadas mais de 4,2 mil unidades no país. A região Sudeste é a que mais compra esse Mercedes-Benz: foram mais de 2.750 unidades nesse período. A maior preferência por estado é de Minas Gerais, com mais de 1,5 mil caminhões, seguido por São Paulo, com 650 unidades.
“O Atron 1635 ganhou ampla aceitação no mercado por sua versatilidade em aplicações como basculante, graneleiro, prancha carrega tudo, porta-contêiner, tanque de combustível, produtos químicos, GLP e outros”, diz Leoncini.
“Em Minas Gerais, por exemplo, é o preferido dos caçambeiros, daí o expressivo volume histórico de emplacamentos no estado. A substituição do Atron pelo Axor também reforça o compromisso ‘As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve. E entende os Sotaques’. Vamos seguir trabalhando para sempre oferecer novas soluções e vantagens para quem transporta, seja o autônomo, o motorista e o frotista”.
Os extrapesados Axor 2036 4x2 e 2536 6x2 que substituirão o Atron 1635 trazem, conforme a marca da estrela de três pontas, mais vantagens em desempenho e capacidade de carga para os clientes. A começar pela força do motor OM 457 LA de 360 cv de potência (15 cavalos a mais), com 1.850 Nm de torque a 1.100 rpm (400 Nm a mais). A capacidade máxima de tração (CMT) do Axor é de até 80.000 kg (30.000 kg a mais). O terceiro eixo de fábrica do Axor 2536 6x2 permite plenamente as configurações de semirreboques até 53 ton de PBTC (peso bruto total combinado).
Assim como o Atron 1635, o Axor vem equipado com caixa de 16 marchas. O destaque é que recebe o câmbio automatizado Mercedes Powershift G 280, que oferece mais conforto ao motorista e otimiza o consumo de combustível, reduzindo o custo operacional e aumentando a rentabilidade para o cliente.
Com versões 4x2 e 6x2, cabina Leito Teto Baixo ou Leito Teto Alto, ar condicionado, climatizador, câmbio automatizado e disponibilidade de eixos traseiros com ou sem redução nos cubos, o Axor atenderá com vantagens as mais variadas aplicações dos clientes do Atron. Além de assegurar a robustez e resistência típicas do Atron, os caminhões Axor oferecem mais benefícios, como o eixo dianteiro para seis toneladas que atende à Lei da Balança.
Para atender a demandas específicas de clientes do Atron 1635, a Mercedes-Benz criou uma nova versão básica com cabina Leito Teto Baixo, banco pneumático standard, revestimento de vinil para o interior da cabina e para os bancos, preparação para instalação de rádio/toca CD, câmbio automatizado Mercedes Powershift G 280, eixo traseiro HL-7 com redução nos cubos, relação de eixo traseiro i=4,14 e bloqueio transversal de diferencial.
Além dessa configuração, a marca, por meio de seu Centro de Customização, criou o “kit parachoque fora de estrada”, com parachoque em aço, estribo articulado, grade dos faróis, barra e protetor do cárter do motor. Esses elementos deixam o caminhão mais robusto e resistente a impactos decorrentes de operações em vias não pavimentadas e solos irregulares.
“Essa flexibilidade de configurações do caminhão reforça o posicionamento do Axor como o caminhão extrapesado de melhor custo/benefício do mercado, atendendo às necessidades dos clientes do nosso Atron”, conclui Leoncini.